Mosaico de apresentação

Tradição que
se reinventa
a cada nova
geração.

Ícone de Casa

Empresa

Empresa da holding familiar Grupo Maubisa

O Grupo Maubisa é uma holding familiar que administra o patrimônio da família Amorim Biagi (Single Family Office). Liderada pelo empresário Maurilio Biagi Filho. Os negócios da Maubisa são originários do agronegócio e atualmente estão presentes em diversos setores, com atividades no próprio Agro, atividades imobiliárias e Private Equity, além de outras alocações no mercado de capitais.

Uma história
empreendedora

Imagem de uma Rosa do Ventos
Imagem de um návio, cheio de pessoas.
Logo Grupo Maubisa

Família Biagi, uma história empreendedora.

A História narra os fatos mas são eles que fazem surgir os merecedores da nossa atenção quando falamos sobre empreendedorismo.

A família Biagi chegou ao Brasil no início do século XIX, juntamente com milhares de outros imigrantes italianos que fugindo de condições econômicas desfavoráveis, traziam a esperança de dias melhores na bagagem.

Contratados como trabalhadores assalariados, para substituir os escravos que haviam sido libertados, eles mudaram para sempre a história do nosso país.

No Brasil, todos imigrantes enfrentaram dias difíceis. O mesmo acontecia com a família Biagi. Mas seu espírito empreendedor fez a diferença.

Da vida difícil nas plantações, passaram para a engenhosidade de uma olaria. Na época, uma mudança bastante significativa, mas ainda muito aquém dos capítulos que viriam a seguir.

Ao longo de mais de um século, os Biagi empreenderam como poucos e o resultado fica a construção de um verdadeiro império, algo inimaginável no começo dessa nossa narrativa.

Os Pioneiros

Imagem dos pioneiros do Grupo Maubisa

Nas vésperas do Natal de 1877, Natale Biagi e sua mulher Elisabetta Ferin Biagi, deixaram a Itália rumo a América do Sul trazendo quatro filhos e chegaram no porto de Santos no dia 18 de janeiro de 1888.

Vieram com eles os filhos Antonia, Pedro, Paulina e Emma.

Na imigração, Natale declarou-se agricultor. Começou a trabalhar em Itatiba, região de Campinas, no momento a mais importante zona cafeeira do Estado de São Paulo.

Por volta de um ano depois, foi para a região de Ribeirão Preto, no nordeste paulista que se tornara novo front da cafeicultura.

A fertilidade de suas terras vinha alcançando fama internacional. Logo depois se estabeleceram em Sertãozinho.

A Primeira Terra dos Biagi no Brasil

Dez anos depois da chegada no Brasil, Natale comprou em sociedade com o amigo Sante Barbieri, também um imigrante italiano, um lote de terra com 20 alqueires, no local denominado Lagoa de Itararé.

Havia um pequeno engenho para fabricação de aguardente e duas olarias.

Logo depois, Natale e Sante desfizeram a sociedade da compra das terras ficando cada um com 10 alqueires.

Natale fez nome como oleiro. Ainda que tenha começado a trabalhar nos cafezais, como a maioria dos imigrantes, sua especialidade era transformar o barro em telhas e tijolos.

Trabalhavam todos os membros da família, adultos e crianças.

O Protagonismo de Pedro Biagi

Depois da morte de Elisabetta, sua mulher, Natale foi gradativamente se afastando dos negócios e Pedro Biagi assumiu a liderança da família.

Pedro nasceu na aldeia de Campagnola e veio junto com seus pais para o Brasil com apenas 6 anos de idade.

Pedro adquiriu suas primeiras terras em Pontal, no sítio Vargem Rica. Ali, ele se dedicava à olaria.

A monocultura cafeeira era cada vez mais arriscada e Pedro tinha um pensamento sobre o uso limitado do café, por isso, trabalhava na fabricação de telhas e tijolos.

Evolução

Imagem retratando a evolução do Grupo Maubisa

Uma Nova Perspectiva

Em 1915, arrendou a Fazenda Barbacena e em sociedade com Mario Bighetti, compraram definitivamente a fazenda em 1917 e logo adquiriu as primeiras mudas de cana-de-açúcar.

Em 1918, iniciou a plantação do canavial e os alicerces da Usina Barbacena que teve sua primeira safra em 1922.

Pedro Biagi mudou-se com a família em 1924 para Ribeirão Preto e logo depois vendeu o sítio Vargem Rica.

A Usina Barbacena foi vendida em 1929 e Pedro se tornou um dos homens mais prósperos da cidade.

A Crise de 1929

A crise de 1929 encerrou a fase próspera do café na região de Ribeirão Preto.

Outro ciclo econômico surgiu. As terras foram ocupadas com outras culturas e, aos poucos, cana-de-açúcar foi introduzida.

Uma Nova Etapa da História da Família Biagi

Em 1931, Pedro adquiriu em leilão judicial um engenho de pinga em Serrana e que se transformou na Usina da Pedra.

Em 1936, os filhos de Pedro junto com João Pagano, compraram de João Marchesi, a Usina Santa Elisa.

Como Dividir Dois por Três

Agora, Pedro decidiu dar as rédeas dos principais negócios da família aos filhos.

Para isso, em 1941, ele formalizou legalmente a partilha de seus bens. A decisão de transferir para os filhos todos os seus bens foi influenciada pelo decreto federal autorizando o sequestro de bens de cidadãos da Alemanha, Itália e Japão. Era a segunda guerra mundial.

Assim, a Usina da Pedra foi confiada a Baudilio Biagi, a Usina Santa Elisa a Maurilio Biagi e Gaudencio Biagi ficou com um terço de cada usina.

Neste ano de 1941, faleceu Natale Biagi aos 89 anos de idade.

Pedro Biagi, com 92 anos de idade, faleceu em 1973.

O ano de 1941 marca o fim de um ciclo e início de outro para a família Biagi.

Cana - De - Açúcar

Imagem retratando a Família Biagi

O Caminho Para a Expansão

A partir da cultura da cana-de-açúcar com a implantação das Usinas Barbacena, da Pedra e Santa Elisa, a família Biagi conheceu um período de expansão econômica nos seus negócios e logo começou a investir em outros segmentos da economia na região de Ribeirão Preto.

Neste contexto, Maurilio Biagi que comandava a Usina Santa Elisa, foi um grande empreendedor e gerador de recursos para a abertura e sustentação de vários outros negócios da família.

Um Usineiro Esclarecido

Maurilio começou sua vida profissional em 1933 na Usina da Pedra.

Seu pai, Pedro Biagi deu-lhe um empurrão inicial colocando, em suas mãos, a Usina Santa Elisa.

Ali, ele fez uma revolução agrícola e deu passos importantes na busca da independência tecnológica para a indústria sucroalcooleira do Brasil, por meio da adaptação e desenvolvimento de equipamentos mecânicos para o plantio, a colheita, o transporte e o processamento industrial da cana-de-açúcar.

Fascinado pela agricultura, foi um usineiro aberto às inovações e esmerou-se a tornar o cerrado apto a lavoura.

Era um leitor atento de periódicos e livros técnicos e buscou ajuda técnica nos centros de pesquisas mais adiantados do Brasil.

A Diversificação Empresarial

A partir da cultura da cana-de-açúcar e com a implementação de outras usinas importantes, a família Biagi começou a investir em outros segmentos da economia na região de Ribeirão Preto.

Maurilio Biagi, com sua visão e ousadia para os negócios, foi o responsável pelo desenvolvimento empresarial que os Biagi criaram.

Ele incentivou a criação e presidiu um conjunto de empresas subdividido em 3 grandes grupos: a Usina Santa Elisa, a Zanini Equipamentos Pesados e a Refrescos Ipiranga, fabricante da Coca-Cola.

Agora, vamos conhecer um pouco de suas histórias e como se desenvolveram.

Expansão

Imagem retratando a Família Biagi

Usina Santa Elisa, Uma Usina Modelo

A Usina Santa Elisa foi uma referência nacional e internacional do setor sucroalcooleiro.

Maurilio Biagi transformou a usina num referencial de pioneirismo, investimento tecnológico, volume de produção e formação profissional para as empresas do setor.

Ela foi também o embrião da expansão empresarial dos Biagi, possibilitando a abertura de outras atividades industriais.

A importância da Crystalsev

A Crystalsev se destacou como empresa que se dedicou a comercialização do açúcar e álcool produzidos pelas usinas do grupo Santa Elisa e posteriormente para outras unidades do setor sucroalcooleiro.

Foi responsável pela produção de mais de 7,5% da produção de álcool do Brasil e 8% do açúcar.

As operações de exportação da Crystalsev corresponderam a 9% de todo o açúcar exportado pelo Brasil e 4% do álcool comercializado mundialmente.

Para isso ser possível, em sociedade com a Cargill Agrícola, implantou 3 modernos terminais de embarque no porto de Santos.

Em parceria também com a Cargill, construiu uma usina de açúcar e álcool na Síria e uma destilaria de álcool em El Salvador.

Zanini, A Soberania Tecnológica

Maurilio Biagi sentiu no corpo, na alma e no bolso o quanto difícil era prosperar no setor sucroalcooleiro sem recursos técnicos. A falta de suprimentos mecânicos era um tormento tanto na lavoura quanto na indústria.

A solução mais uma vez foi surpreendente.

Para resolver o problema da falta de suprimentos mecânicos, no setor sucroalcooleiro, Maurilio fundou com o mecânico Etore Zanini uma empresa em Sertãozinho: a Zanini Equipamentos Pesados.

A sociedade foi formalizada em agosto de 1950.

O objetivo principal da Zanini era produzir usinas de açúcar completas.

Em decorrência natural do processo econômico brasileiro, a empresa diversificou sua linha de produção, fazendo vários acordos tecnológicos nas mais diversas áreas e atuando também nas áreas de engenharia de projetos e na construção de plataformas de petróleo.

Tudo acompanhado por uma organização de comércio internacional, visando atuar globalmente.

Coca-Cola, Uma Marca Mundial

Em 1886, quando criava o refrigerante mais famoso do mundo, o Dr. John Pemberton não poderia imaginar, que 62 anos depois, um grupo de empresários do interior de São Paulo, inauguraria uma indústria para fabricar sua Coca-Cola.

Juntamente com Maurilio Biagi e seus irmãos, Gaudencio e Baudilio, fundaram a Refrescos Ipiranga.

Dois anos depois, de forma intuitiva, Maurilio utiliza sua boa visão de futuro e assume o controle da empresa porque acreditava cada vez mais no produto.

A expansão é rápida e vigorosa com a abertura de várias distribuidoras da bebida pelo interior do estado de São Paulo e Minas Gerais, além de novas indústrias em Sorocaba e Uberlândia, Minas Gerais.

Em 1983, os Biagi tornam-se sócios da Kaiser Participações, dando início a uma grande cervejaria.

No ano seguinte, compraram a Água Prata, investindo assim, em uma das maiores empresas de água mineral do Brasil.

Mais uma vez, a diversidade produtiva passa a fazer parte desta história viva de empreendedorismo, inovação e ousadia que é inspiração para as próximas gerações e até hoje não cessou os seus frutos, provavelmente, porque teve o seu início com boas sementes.